A matriz energética é a combinação de todas as fontes utilizadas por um país ou região para gerar energia. Assim, ela pode ser composta por fontes de energia renováveis e não renováveis, como solar, hidroelétrica, petróleo e gás natural.
A escolha da matriz energética é crucial, pois está ligada à sustentabilidade e ao crescimento econômico. Uma matriz mal planejada traz sérios impactos ao bolso do consumidor e à natureza, incluindo o aumento das emissões de gases de efeito estufa, que agravam o aquecimento global.
Diferença entre matriz energética e matriz elétrica
A matriz energética se trata de um conjunto de fontes que geram energia para diversas finalidades, como movimentar carros, preparar alimentos e gerar eletricidade.
Já a matriz elétrica utiliza fontes específicas para a obtenção de eletricidade. Dessa forma, apesar de serem conceitos relacionados, referem-se a diferentes aspectos da produção e do uso de energia.
Matriz energética mundial
Mesmo com o crescimento no uso de fontes renováveis em muitos países, a matriz energética mundial ainda depende de fontes não renováveis. Alguns exemplos são o carvão, o gás natural e o petróleo, todos altamente poluentes.
Contudo, alternativas como energia eólica, solar e hidrelétrica estão ganhando cada vez mais espaço, impulsionadas pelos esforços globais para reduzir as emissões de carbono. A adoção dessas fontes é, inclusive, uma das principais metas da transição energética, que visa diminuir a emissão de gases de efeito estufa.
Matriz energética brasileira
Em 2022, o Brasil estava acima da média mundial, com aproximadamente 47,4% da energia vinda de fontes renováveis, segundo dados divulgados pelo Ministério de Minas e Energia.
O país ainda utiliza fontes não renováveis, porém, estas estão sendo gradativamente substituídas por opções mais sustentáveis. Para termos uma visão geral do quadro nacional, a matriz energética brasileira é composta pelas seguintes fontes:
- hidráulica: atualmente, é a principal fonte do país;
- eólica: tem crescido rapidamente, principalmente na região Nordeste, onde há ventos fortes e constantes;
- biomassa: é gerada principalmente de resíduos agrícolas e corresponde a uma parte expressiva da produção energética;
- solar: vem ganhando cada vez mais espaço, graças ao aumento de instalações de painéis fotovoltaicos;
- combustíveis fósseis (derivados de petróleo, gás natural e carvão): são muito utilizados para a produção de energia térmica, no transporte e em indústrias;
- urânio: originada das duas usinas em operação no país (Angra 1 e Angra 2), corresponde a uma pequena parcela da geração energética.
Com um consumo de fontes renováveis maior do que a maioria dos países, o Brasil emite menos gases de efeito estufa. Isso também nos coloca na posição de nação menos poluente, conquista importante pensando na preservação do meio ambiente.
No entanto, as fontes vindas de petróleo e gás natural emitem gases extremamente poluentes, como o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O).
A transição para uma matriz energética mais sustentável
O Brasil, com sua vasta diversidade de recursos naturais, tem grande potencial para liderar o movimento global rumo ao uso de fontes não poluentes.
Com uma matriz energética mais segura e estável, o país não apenas atende às metas climáticas, mas também contribui para a qualidade de vida da população. Objetivos como a diminuição da dependência de combustíveis fósseis e a descarbonização trazem benefícios econômicos, sociais e ambientais, impactando toda a sociedade.
Para eles serem alcançados, é essencial a conscientização de toda a comunidade, além do investimento em infraestrutura, inovações tecnológicas e políticas públicas.
Fonte: Idec